18/06/2011

O silêncio da minha casa é interrompido ora pelo suspiro da chaleira, ora pela voz desta senhora... o meu antidepressivo.
Dispo-me de ilusões e sei que há qualquer coisa que se infiltra nas unhas, na carne e nos ossos. Não sabendo exactamente o que dói - às vezes é a ferida que lateja, outras, bem sei, é o dedo que insiste em mantê-la aberta - insisto em domesticar os afectos. A esperança, dizem, é a última a morrer... mas a esperança é a primeira a levar um tiro no estômago.
Tenciono passar a noite sentada no parapeito da janela a beber chá em doses cavalares até que o sono me arraste para a cama.

4 comentários:

lampâda mervelha disse...

"Foda-se para ti".

Blueminerva disse...

Eu leio-te e continuo a gostar-te...

O Lado B do Espelho disse...

Essa senhora é musa de muitos momentos. Imagina se gostasses tanto de álcool como eu! [[]]

Blueminerva disse...

Se eu gostasse de álcool, embriagava-me todos os dias... que sou uma mulher de excessos.

 
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