29/09/2011
Abençoadas as que não têm crises de choro, as que não têm amuos imbecis, as que não levantam a voz, as que não ouvem repetidamente as mesmas músicas, as que não insistem em escarafunchar em tudo o que dói e molesta. Abençoadas as que não trazem o coração destapado, as que não se sentem mentalmente incapazes, as que não se assustam com as vertigens dos dias, as que não se descontrolam nem têm comportamentos infantis. Abençoadas as que não sentem as pernas pesadas, a cabeça a ferver, as mamas inchadas e doridas. Abençoadas as que não se perdem na ténue linha agora-quero-brigar-agora-quero-foder. Abençoadas as mulheres que não vivem as agonias da tpm, a vós pertence-vos um lugar à direita do Senhor.
24/09/2011
22/09/2011
A propósito da actual situação económica da Madeira, li há pouco um artigo de opinião assinado pelo Filipe Paiva Cardoso no jornal i (pessoa por quem possuo imensa estima, facto que o deixará naturalmente orgulhoso) que começa assim: "Sem hipóteses de levar políticos a tribunal por gestão danosa, a única forma que resta de castigar responsáveis por buracos orçamentais passa pela punição dos seus eleitores."
Na minha qualidade de cidadã, eleitora, contribuinte, especialista em vernizes da Essie e madeirense gostaria de aproveitar a visibilidade desta assembleia virtual interactiva, para deixar um breve apontamento: 740 km², um déspota, dezenas de políticos manhosos e milhares de retardados mentais cada um com um boletim de voto. Porque não podemos ficar eternamente à espera que uma peça de mobiliário preste um honroso serviço à nação, eu pergunto-me, e se mandássemos a democracia pó caralho? Hã?...
Na minha qualidade de cidadã, eleitora, contribuinte, especialista em vernizes da Essie e madeirense gostaria de aproveitar a visibilidade desta assembleia virtual interactiva, para deixar um breve apontamento: 740 km², um déspota, dezenas de políticos manhosos e milhares de retardados mentais cada um com um boletim de voto. Porque não podemos ficar eternamente à espera que uma peça de mobiliário preste um honroso serviço à nação, eu pergunto-me, e se mandássemos a democracia pó caralho? Hã?...
18/09/2011
14/09/2011
Relembro um amor bom e doce, um amor que trazia o cheiro a pêssego no cabelo áspero e preto, que desenhava girassóis na minha barriga, que me sussurrava a poesia do John Keats nos jardins floridos da Primavera, um amor com quem ouvi My Dying Bride pela primeira vez.
Há memórias intransponíveis, o elixir da juventude; sentir a Primavera chegar e esquecer-me de ti, ouvir sonetos e esquecer-me de ti, adormecer ao som de My Dying Bride e esquecer-me de ti, pensar em amor bom e doce e não lembrar-me de ti.
No dia em que partiste, disseste: "No meu corpo, ainda o eco do teu." Nesse dia eu soube que nós nunca sobreviveríamos à verdade mas à medida que me afastava, tive a certeza que em mim sobreviveria para sempre um eco de ti; bastar-me-ia sentar-me nas margens do corpo e escutar a brisa harmoniosa e doce vinda do sul e que corresse nessa direcção.
Há memórias intransponíveis, o elixir da juventude; sentir a Primavera chegar e esquecer-me de ti, ouvir sonetos e esquecer-me de ti, adormecer ao som de My Dying Bride e esquecer-me de ti, pensar em amor bom e doce e não lembrar-me de ti.
No dia em que partiste, disseste: "No meu corpo, ainda o eco do teu." Nesse dia eu soube que nós nunca sobreviveríamos à verdade mas à medida que me afastava, tive a certeza que em mim sobreviveria para sempre um eco de ti; bastar-me-ia sentar-me nas margens do corpo e escutar a brisa harmoniosa e doce vinda do sul e que corresse nessa direcção.
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